A especialista em diagnóstico por imagem, Amanda de Sanctis Santarém explica o que é a doença hepática que atinge maior número de mulheres
As doenças chamadas de “silenciosas” , mesmo que inicialmente não sejam graves, por não apresentarem sintomas logo que instaladas, podem gerar problemas bem mais complexos de serem resolvidos. Uma delas, é abordada pela radiologista, com especialidade em Diagnóstico por Imagem, Amanda Santarém: a esteatose hepática ou gordura no fígado.
“A esteatose hepática ou acúmulo de gordura no fígado é um problema muito comum, acometendo cerca de 30% da população, que pode se manifestar também na infância e atinge mais as mulheres. Essa enfermidade pode ser dividida em doença gordurosa alcoólica do fígado (quando há abuso de bebida alcoólica) ou doença gordurosa não alcoólica do fígado (quando não existe história de ingestão de álcool significativa)”, explica Amanda.
Segundo ela, a esteatose hepática pode ter várias causas: abuso de álcool; hepatites virais; diabetes; sobrepeso ou obesidade; alterações dos lípides, como colesterol ou triglicérides elevados; medicamentos, como os corticoides, e causas relacionadas a algumas cirurgias para obesidade.
“Geralmente é uma doença silenciosa, embora na maior parte dos casos seja um problema que não evolui para condições mais graves, uma pequena porcentagem das pessoas tem um tipo mais grave de esteatose, a esteato-hepatite. A estato-hepatite pode progredir para cirrose, hipertensão portal, desenvolver câncer do fígado e está associada a maior mortalidade relacionada a eventos cardiovasculares , como infarto do miocárdio e acidente isquêmico cerebral, entre outros”, alerta a especialista.
Uma forma de diagnóstico é por meio de exames de imagem. “Pelo fato do ultrassom de abdome ser o método de escolha na avaliação inicial dos pacientes com doenças do fígado, vesícula biliar e vias biliares, ele pode ser utilizado para avaliar a presença da esteatose nas suas diversas formas”.
O ultrassom de abdome é método não invasivo, que não utiliza radiação ionizante e não causa desconforto algum para o paciente. “Em conjunto com outros exames laboratoriais ele pode indicar quais são os pacientes que necessitarão prosseguir a investigação e iniciar o tratamento específico para a esteatose”, orienta.
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