A alimentação, além de fundamental à sobrevivência humana, é um dos maiores prazeres da humanidade. Ao redor de uma mesa o homem não apenas se nutre, mas também compartilha lembranças, sentimentos e histórias de vida.
No entanto, algumas pessoas desenvolvem uma relação doentia com a comida e o ato de comer. O Transtorno de Compulsão Alimentar é considerado um transtorno distinto no manual americano de transtornos mentais (DSM-5) desde 2013. Porém, seja pela desinformação, ou mesmo preconceito, muitas pessoas deixam de buscar ajuda por não compreenderem a gravidade do distúrbio, ou então, por acharem que poderão lidar com o problema sozinhas.
O transtorno de compulsão alimentar acomete tanto homens como mulheres e se caracteriza por episódios recorrentes (no mínimo uma vez por semana) do consumo de uma grande quantidade de alimentos, em um curto espaço de tempo. É ingerida uma quantidade de alimentos acentuadamente maior do que outras pessoas comeriam em condições similares. Além disso, pessoas com esse transtorno, relatam comer muito mais rápido do que o habitual, até se sentirem fisicamente desconfortáveis.
Essas pessoas, são tomadas por uma sensação de perda de controle sobre a alimentação durante uma crise compulsiva e, a consequência imediata, são sentimentos de tristeza, vergonha e muita culpa.
Além do impacto emocional, pessoas com compulsão alimentar, fazem parte do grupo de risco para o desenvolvimento de obesidade e doenças crônicas associadas, como: diabetes mellitus, hipertensão arterial sistêmica, doenças cardiovasculares etc.
O hábito alimentar de quem desenvolve o transtorno é marcado pela redução de refeições planejadas e omissão do desjejum e lanches, com grandes intervalos entre as refeições, sucessivas “beliscadas” e crises compulsivas ocorrendo normalmente á tarde e á noite.
Dessa forma, quanto antes for iniciado o tratamento, que consiste no acompanhamento em psicoterapia e estímulo de mudança de hábitos, bem como, uma reeducação alimentar, mais rápido será a superação do problema.
Enfim, lembre-se de que comer, assim como outras áreas de sua vida, é uma questão de equilíbrio. A partir do momento em que a alimentação se transforma em fonte de sofrimento físico e emocional, sua saúde é colocada em risco.
Cuide-se!