Especial Outubro Rosa – Câncer: é preciso atitude diferente para ter resultado diferente

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Após efeito de longo prazo, mudança de atitude pode não evitar, mas vai fortalecer organismo para enfrentar a doença

 

Nosso corpo está em constante transformação, especialmente, como forma de nos proteger das diversas formas de agressões, e tudo o que possa nos fazer mal. Mas, quando essas ocorrências se tornam tão comuns, ele pode acabar trabalhando contra a nossa própria  saúde, abrindo a possibilidade de ocorrerem as mais variadas formas de câncer. Por isso, apesar de toda a exposição que o organismo já possa ter sofrido, se mantém a importância de mudar hábitos e atitudes, como forma de melhorar a qualidade de vida, permitindo que nosso organismo passe a atuar em nossa defesa, mesmo não sendo possível evitar a doença.

A recomendação é do médico oncologista, Fábio Gomes Pereira, que explica porquê é tão difícil mudarmos atitudes mesmo quando sabemos que são prejudiciais à nossa saúde, como melhorar a alimentação e praticar atividades físicas. “O nosso cérebro foi feito para poupar energia para que possamos reagir de forma pronta, quando for necessário nos proteger. Por isso, ficar no sofá comendo pipoca é tão mais fácil do que ir à academia”, exemplifica.

Além disso, a alimentação atual, muitas vezes, com cargas excessivas de hormônios, contribui para o desequilíbrio do nosso sistema de proteção. “Hoje em dia, os processos de produção são voltados à grande demanda de consumo, por isso, o uso exagerado de hormônios do crescimento em carnes em geral e no ovo, por exemplo. Isso nos expõe a altas cargas hormonais, o que é um problema, porque o nosso corpo nunca teve uma exposição tão alta. Nossas células estão sempre se renovando, sendo fabricadas e destruídas todo dia, mas o problema no surgimento dos cânceres é que o estímulo à essa renovação, de forma recorrente, ao longo de anos, cria machucados que, em determinado momento, nosso organismo não consegue mais reparar”, pontuou o médico.

Segundo o especialista, todo excesso é prejudicial ao nosso organismo e favorece o surgimento da doença. “Nosso corpo está cada vez mais propenso a ter estímulos fora do normal, e estes estímulos podem propiciar câncer ao longo dos anos. O corpo vê como normal ter aquele estímulo e não renova mais, fazendo com que as células passem a crescer mais do que o normal, sem que morram de forma natural”, alertou.

Já que a exposição de anos a qualquer tipo de agressão não pode ser alterada, o importante, segundo ele, é a mudança imediata de comportamento. “Não podemos mudar o que foi, mais o que é. Podemos tornar hábitos saudáveis e criar uma condição para que as células aprendam hoje a viver da melhor forma possível, para que eu tente ser mais natural do que processado e tenha estímulos saudáveis. Dá para voltar atrás? Não! Mas, dá para ser diferente”, assegura.

E o médico conclui: “Não se pode pensar apenas em tratar câncer, mas em não ter câncer, ou estar forte para enfrentá-lo, caso ele ocorra”.

 

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