Ultimamente recebemos notícias de óbitos pela febre maculosa no interior do estado de São Paulo. É uma doença infecciosa, febril e de gravidade variável. Ela pode variar desde as formas clínicas leves e atípicas até formas graves, com elevada taxa de letalidade. A febre maculosa é causada por uma bactéria do gênero Rickettsia, transmitida pela picada do carrapato.
No Brasil, os principais vetores são os carrapatos do gênero Amblyomma, tais como A. sculptum (= A. cajennense) conhecido como carrapato estrela. Entretanto, potencialmente, qualquer espécie de carrapato pode albergar a bactéria causadora da febre maculosa, como por exemplo, o carrapato do cachorro.
De acordo com a Portaria do MS de consolidação PORTARIA Nº 264, DE 17 DE FEVEREIRO DE 2020, todo caso de febre maculosa é de notificação obrigatória às autoridades locais de saúde. Deve-se iniciar a investigação epidemiológica em até 48 horas após a notificação, avaliando a necessidade de adoção de medidas de controle pertinentes.
Os principais sintomas são febre, náuseas, vômitos, dor no corpo, diarreia, dor abdominal, inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés e o aparecimento de manchas vermelhas pelo corpo.
O diagnóstico de febre maculosa é difícil, pois várias doenças infecciosas cursam com os mesmos sintomas e sinais, o grande diferencial é a questão sobre contato com áreas rurais e animais. Também é possível realizar exames específicos para a confirmação laboratorial do caso.
A febre maculosa é uma doença que possui tratamento e cura, só precisa ser aventada a hipótese o mais rápido possível e iniciar o tratamento específico. Quanto mais cedo iniciar o tratamento maior a chance de evolução favorável. Procure sempre um especialista em doenças infecciosas.