Canabidiol: Cresce interesse por potenciais benefícios terapêuticos

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A médica psiquiatra Ana Lívia avalia que pesquisas e aceitação por médicos e pacientes pela substância pode aumentar qualidade de vida de pacientes com doenças crônicas
O canabidiol ou CBD é um dos muitos compostos químicos encontrados na planta Cannabis sativa, porém que não produz efeitos psicoativos. Segundo Resolução recente do Conselho Federal de Medicina, nos últimos 40 anos, estudos acumulam evidências de que a substância possui um amplo espectro de ações farmacológicas, potencial em casos de epilepsia, Parkinson, Alzheimer, e ainda em distúrbios de ansiedade e do sono. Por conta dessa condição, é crescente o interesse da comunidade médica por seus potenciais benefícios terapêuticos.

A psiquiatra Ana Lívia de Godoi Padilha, formada em medicina pela Unoeste e pós-graduada em psiquiatria pela Santa Casa de São Paulo, e que possui pós-graduação em tratamentos com substâncias presentes na Canabis acompanha os estudos sobre o CBD. “Meu interesse começou a partir de observações clínicas e da crescente evidência científica sobre os potenciais benefícios do CBD para diversas condições de saúde mental e física.
 Estou sempre em busca de novas abordagens e tratamentos que possam oferecer alívio eficaz e seguro aos meus pacientes. O Canabidiol chamou minha atenção devido ao seu perfil de segurança relativamente alto e aos seus efeitos terapêuticos promissores, especialmente, em condições que muitas vezes são resistentes aos tratamentos convencionais”, explicou.

Entre as doenças ou síndromes com potencial tratamento, segundo a médica, estão a ansiedade, o transtorno afetivo bipolar, Alzheimer, insônia, dores crônicas e esclerose múltipla, entre outras. “Minha opinião sobre o uso do canabidiol é positiva, baseada nas crescentes evidências científicas e nos relatos clínicos que demonstram seus benefícios terapêuticos.
 Acredito que, com mais pesquisas e regulamentações adequadas, o CBD continuará a ganhar aceitação na comunidade médica e entre os pacientes, proporcionando alívio e melhorando a qualidade de vida de muitas pessoas que sofrem de doenças crônicas e outras condições debilitantes como alternativa de tratamentos convencionais”, analisou.

Em maio, o Governo do Estado de São Paulo divulgou as diretrizes para a prescrição de um medicamento à base de Cannabis sativa na rede pública de saúde, destinado a pacientes com Síndrome de Dravet, Síndrome de Lennox-Gasteau, complexo da esclerose tuberosa e aqueles que  enfrentam crises epiléticas graves.

A médica descreveu alguns dos tratamentos apontados como possíveis por pesquisas médicas que acompanha, desde que a substância seja usada sob orientação de um profissional de saúde.

Ansiedade: “O CBD tem sido amplamente estudado por suas propriedades ansiolíticas. Pesquisas indicam que o CBD pode ajudar a reduzir a ansiedade em várias formas, incluindo transtorno de ansiedade generalizada (TAG), de pânico e de ansiedade social. O CBD interage com os receptores de serotonina no cérebro, o que pode ajudar a regular o humor e a ansiedade”.

Estresse pós-traumático: “O CBD tem se mostrado potencial deste tratamento ao reduzir os sintomas como flashbacks, pesadelos e ansiedade severa. Ele pode ajudar a modular a resposta ao estresse, facilitando a extinção de memórias traumáticas e melhorando o sono, o que é crucial para estes pacientes”.

Insônia: “Ele pode ajudar a melhorar a qualidade do sono por meio de seus efeitos ansiolíticos, analgésicos e reguladores do ciclo sono vigília. No entanto, como com qualquer tratamento, é importante usar o CBD de maneira informada e sob a orientação de um profissional de saúde”.

Dor Crônica: “Ao interagir com os receptores do sistema endocanabinoide e outros sistemas de neurotransmissores, o CBD e outros fitocannabinoides podem ajudar a modular a percepção da dor e reduzir a inflamação”.

Alzheimer, Parkinson e ELA: “O CBD e outros fitocannabinoides têm propriedades neuroprotetoras que podem ser úteis no tratamento de doenças neurodegenerativas como Alzheimer, Parkinson e Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA). Ele pode ajudar a proteger as células nervosas contra danos, reduzir a inflamação no cérebro e melhorar alguns sintomas, como tremores e rigidez muscular.

 

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