De um momento para o outro, a morte de uma pessoa querida pode mudar a vida para sempre. Para a maioria das pessoas é o momento onde tudo se desfaz, pois muitos não estão preparados para perder nem para pensar na morte.
O luto é um sentimento que ocorre quando rompemos um laço afetivo. No entanto, não é somente a perda de alguém que gera o enlutamento. Pode ser pela morte, mas também, por inúmeras situações: o fim de um relacionamento afetivo, a perda de um emprego, a morte de um animal de estimação, a descoberta de uma doença grave. Ou seja, qualquer laço que foi rompido gera enlutamento.
É um processo doloroso que pode nos atirar repentinamente a um dia-a-dia marcado pela ausência e por uma avalanche de emoções: negação, tristeza, dor, culpa, confusão, desespero, raiva e a busca incansável pela resposta da pergunta: “Por que?”.
A impotência diante da perda de um ente querido pode nos atordoar e ser uma profunda fonte de sofrimento emocional, no entanto, não devemos nos esquecer de que o luto é uma experiência de cunho particular, cada pessoa viverá a perda á sua forma e no seu tempo. Tentativas de “padroniza-lo” nunca vão contribuir á sua compreensão e superação. Frases do tipo: “Mas você ainda não superou a perda?” só aumentam o sofrimento.
Durante o processo de luto a maioria das pessoas percorre fases. O psicólogo Willian Worden, grande estudioso do assunto, cita quatro fases que precisam ser vivenciadas (não necessariamente nessa ordem) e são elas: aceitar a realidade da perda; processar a dor do luto; ajustar-se a um mundo sem a pessoa morta e encontrar uma conexão duradoura.
A vida e os sentimentos de quem fica precisam ser reorganizados, para isso, alguns passos podem contribuir para a superação da dor: 1. Fale sobre sua perda e sua dor com pessoas queridas e amigos; 2. Enfrente o sentimento de culpa que pode aparecer quando se perde alguém importante (algumas pessoas podem se sentir culpadas por acharem que não fizeram o suficiente); 3. Tente superar o sentimento de raiva e revolta que eventualmente pode lhe invadir; 4. Não se isole; 5. Evite decisões importantes no primeiro ano após a perda; 6. Busque o alento da espiritualidade; 7. Procure ajuda profissional, se necessário.
Lembre-se que o luto não é uma doença. É um afeto que reúne um conjunto de emoções, sentimentos e pensamentos. Algumas pessoas podem ter dificuldades para lidar com todos esses sentimentos e precisarão de ajuda profissional, é o “luto complicado”.
A vida é feita de ciclos e um processo de luto é finalizado quando a pessoa consegue fechar o ciclo da dor e seguir em frente.
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