Você conhece aquela sensação de não ter tempo para nada? Que sente o tempo passar de maneira descontrolada e que, mal a semana começa, já chega a sexta-feira. Quando olhamos ao redor hoje em dia, é difícil não sermos invadidos por preocupações e ansiedades das mais variadas ordens: sobrecarga de trabalho, preocupações financeiras, medo da violência, fazer as coisas importantes da vida no “piloto automático”, culpa e tristeza por perceber o correr dos anos sem que projetos se realizem, etc.
As consequências desse estilo de vida acelerado, em que muitos se encontram distraídos das coisas importantes da vida, podem ser dramáticas resultando em adoecimento físico e emocional.
Nos últimos anos, vem crescendo o interesse entre psicólogos e profissionais de saúde por uma prática que pode ajudar a desligar o piloto automático, diminuindo as distrações e ajudando a focar no momento presente. O nome é “atenção plena” – conhecida em inglês como mindfulness.
A prática tem origem em antigas tradições orientais e foi desenvolvida a partir de um trabalho realizado pelo médico Jon Kabat-Zinn no tratamento de pacientes que sofriam de dor crônica e que já não se beneficiavam dos tratamentos médicos tradicionais.
Assim, consiste em prestar atenção de maneira particular, intencional, no momento presente e sem julgamentos.
Você provavelmente já teve a experiência de comer algo sem se lembrar de tê-lo comido, ou então, estar em momentos especiais com amigos e familiares, no entanto, não aproveitando o momento em sua plenitude, por estar envolvido com seu celular ou distraindo-se com preocupações. Onde estava sua atenção nesse momento?
A atenção plena não é somente uma prática, é um modo de se relacionar com o mundo ao seu redor. Estar plenamente consciente de seus pensamentos, atos e até mesmo das dores e sofrimentos que a vida coloca em seu caminho, pode não somente ajuda-lo na superação, mas também, ajuda-lo a encontrar a beleza de detalhes importantes de uma vida.
Dessa forma, estar inteiro e atento ao momento presente nesse mundo caótico e cheio de distrações nem sempre é uma tarefa fácil. No começo, pode ser desafiador, mas com persistência e prática, você perceberá mudanças importantes. Um exercício interessante para pensarmos melhor no assunto é o da gratidão ao final do dia. Faça uma “lista de gratidão” contendo pelo menos cinco coisas que aconteceram em seu dia pelas quais você se sente grato.
Por fim, “A realidade está onde coloco minha atenção, momento a momento.” – William James.
Dr. Fábio Luiz Vicente
Psicólogo Clínico – Neuropsicólogo
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