Esgotamento Profissional: Entendendo a Síndrome de Burnout

Dr Fábio 03

Quando crianças, todos fomos questionados pelos nossos pais, amigos ou professores com uma pergunta simples: O que você quer ser quando crescer? A resposta, quase sempre acompanhada de um brilho nos olhos, carrega uma certeza – minha profissão será uma fonte de grande realização profissional. O tempo passa rápido e logo o brincar dá espaço para uma profissão. No entanto, para muitos, o trabalho acaba se transformando em outra fonte, a de sofrimento e adoecimento mental.
A Síndrome de Burnout, também conhecida como síndrome do esgotamento profissional, atinge milhões de brasileiros e está relacionada a um estado de esgotamento físico e mental        grave.
O termo Burnout foi utilizado pela primeira vez em 1974 pelo psicólogo Herbert Freudenberg, e sua expressão na língua inglesa significa: “queimar-se até o fim”.  Semelhante a um motor de um jato que esgota todo o seu combustível, pessoas com a síndrome “queimam” toda a sua energia em seus trabalhos.
Os principais sinais desse transtorno são um esgotamento físico e mental profundo que causam um endurecimento afetivo. Sentimentos negativos como: cinismo, indiferença afetiva com colegas profissionais, perda de produtividade e frieza emocional também pode estar presentes. Não é difícil observarmos sintomas depressivos e ansiosos que acabem prejudicando ainda mais seu desempenho profissional e agravando a sensação de não ser suficientemente bom em            suas atividades.
É importante salientar que a síndrome de Burnout é um processo crônico e pode se perpetuar por     anos.
Dessa forma, quanto antes diagnosticado e tratado, maiores serão as chances de uma pessoa não adoecer física e emocionalmente. O primeiro passo é sempre o reconhecimento de que sua vida está em desequilíbrio e que precisa de ajuda profissional.
Constatou-se que pessoas que vivem com sobrecarga ou excesso de trabalho, falta de condições para o cumprimento de suas tarefas, bem como, as que são pouco flexíveis e que negligenciam atividades de lazer e relaxamento, são as mais vulneráveis.
Finalmente, boas práticas de estilo de vida, tais como: exercícios físicos de forma regular, uma boa alimentação e momentos de lazer durante o dia podem ser grandes aliados. Porém, lembre-se sempre de que o trabalho é uma parte importante de sua vida – mas não pode SER a sua vida.