Luta contra as hepatites virais

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No dia 28 de julho, comemoramos o Dia Mundial da Luta Contra as Hepatites Virais. Vamos falar de três tipos de hepatites virais: A, B e C.

Quando o paciente apresenta clínica exuberante com sinais de esclera (olho) amarela, o diagnóstico é fácil: hepatite. Na maioria das vezes, causada pelo vírus da hepatite A. Mas a hepatite B e a hepatite C, podem cursar com poucos sintomas ou sintomas inespecíficos, dificultando o diagnóstico precoce e o tratamento específico.

No Brasil, estima-se que cerca de 657 mil pessoas apresentam hepatite C, segundo dados do Ministério da saúde. A doença evolui de modo silencioso, com 80% de casos crônicos, podendo levar a quadros de cirrose hepática e até câncer de fígado. Nesta fase avançada, aparecem sintomas e, a partir deste momento, inúmeras dificuldades no tratamento destas complicações, com passagem por internações hospitalares e até casos de transplantes hepáticos.

A prevenção é uma ferramenta simples e eficiente que pode ser utilizada, o exame sorológico para hepatite B e C é realizado em todas as unidades de saúde pública ou privada, além disso, peça ao seu médico para solicitar o exame. Atualmente temos a cura para hepatite C, com medicamentos orais chegando até 95% em tratamento por 12 semanas e com baixos efeitos colaterais. Gratuito pelo SUS. No caso da hepatite B ainda não temos a cura, mas temos remédios disponíveis que controlam a doença.

Precisamos encontrar mais pacientes portadores destas hepatites. Pacientes em diálise, usuários de drogas ilícitas, indivíduos que receberam transfusão de sangue antes de 1992, atividade sexual de risco, pessoas que compartilham objetos pessoais como lâmina de barbear, utensílios de manicure sem esterilização correta e tatuagens são alguns exemplos.

Você pode se ajudar, realizando o teste, recebendo a vacina para hepatite B e hepatite A, outra importante arma no combate das hepatites virais. Com a pandemia, ficamos focados na Covid 19 e perdemos muito em diagnósticos. Agora, é hora de nos cuidarmos e tratarmos doenças preveníveis.

 

Serviço: Dra. Geovana Momo Nogueira Lima – Infectologia / Clínica Geral – CRM 128.515

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