O que é a Radiofrequência?

Costas

Radiofrequência é um procedimento moderno e seguro, cada vez mais utilizado no tratamento de diferentes tipos de dores. avanços tecnológicos permitiram uma ampliação no uso destas técnicas e também favoreceram a eficácia do tratamento, inclusive sendo considerado, em muitos casos, como uma alternativa a procedimentos mais invasivos. Podemos dizer com segurança que a radiofrequência é hoje uma das principais indicações de tratamento para diversos tipos de dor, principalmente ombros e joelhos.

A alternativa funciona basicamente da seguinte forma: uma corrente elétrica de alta frequência (500.000 hz) é produzida por um aparelho chamado gerador de radiofrequência. a onda é transmitida através de um cabo até um eletrodo que é colocado dentro de uma agulha. A agulha é inserida através da pele do paciente. A onda de radiofrequência, que percorre o eletrodo até a ponta da agulha, queima o nervo, impedindo que ele conduza o sinal da dor até o cérebro.

Na realidade, há três tipos diferentes: convencional, pulsátil e refrigerada. A principal diferença é que, nesta última, o gerador, ao invés de emitir ondas de forma contínua, gera pulsos em intervalos definidos. com isso, não é gerado calor suficiente para queimar o nervo, ocorrendo uma modulação das vias da dor pelo campo eletromagnético gerado.

A radiofrequência pulsada é utilizada em estruturas nervosas que, além de carregar impulsos sensitivos, também são responsáveis pela atividade motora de músculos. como a técnica não queima o nervo, não há prejuízo na função motora. Já a principal diferença entre o tipo resfriada e os outros – convencional e pulsátil – é que a resfriada conta com um gotejamento de soro com íons na ponta da sonda que amplia em até oito vezes o volume de calor produzido. Dessa forma, é possível obter melhores resultados em nervos anatomicamente variados e de tamanho maior.

Em todos os tipos de radiofrequência é utilizada a fluoroscopia para auxiliar o médico na localização exata dos pontos onde são realizados o procedimentos. trata-se de uma câmera de vídeo acoplada a um aparelho de raio-x, mecanismo este que permite ao profissional localizar a área de inserção da agulha em tempo real, minimizando os riscos de lesões indesejadas e aumentando em muito a segurança do procedimento. Outra forma de localização pode ser através da utilização do ultrassom.

Logo depois de realizado o procedimento, o paciente pode sentir um aumento da dor por aproximadamente uma semana e então se inicia uma melhora progressiva ao longo de 6 a 8 semanas. No início, alguns pacientes descrevem uma sensação de queimação, como se a pele estivesse queimada pelo sol. esta sensação não costuma durar mais de 2 semanas e pode ser atenuada por cremes, medicação ou compressas mornas no local

A melhora dos sintomas costuma durar de 6 meses a 1 ano após o procedimento, período durante o qual o paciente deve aproveitar e se dedicar a um programa de reabilitação fisioterápica orientada por profissionais da área, aumentando as chances de não recorrência da dor. Caso a dor volte, nada impede que o procedimento seja repetido.

Dr. Bruno de Faria Batista

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