No último dia 13 de julho, comemoramos o Dia Mundial da Conscientização do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade que é mais conhecido como TDAH. É um transtorno do neurodesenvolvimento que envolve dificuldades de atenção e hiperatividade (muitas vezes juntos) e os primeiros sintomas já podem ser vistos durante a infância. Muito se tem estudado a respeito desse transtorno, considerado mais comum na infância, no entanto, o que muitos não sabem, é que ele pode persistir na fase adulta e, sem tratamento adequado, ser o responsável por uma série de problemas na saúde mental e consequentemente em outras áreas da vida.
O transtorno que é estudado e pesquisado há décadas, foi inicialmente relacionado á crianças e adolescentes. Também conhecido como DDA (Distúrbio de Déficit de Atenção) pode apresentar seus primeiros sinais e sintomas já nas fases iniciais do desenvolvimento em crianças com atividade motora excessiva e desatenção, no entanto, para a maioria das crianças as dificuldades maiores começam a aparecer nos primeiros anos do ensino fundamental (7 aos 12 anos). É nessa fase de alfabetização em que elas passam a ter uma grande demanda de atenção, necessidade de organização das informações que lhe são apresentadas e auto controle.
Estima-se que até 70% das pessoas diagnosticadas com TDAH na infância atinjam a vida adulta ainda com diversos sintomas do transtorno, bem como, com comprometimentos importantes.
Em adultos, a manifestação dos sintomas e sua intensidade podem ser mais sutis quando comparados aos das crianças. Em linhas gerais, a sua persistência na vida adulta se manifesta por sinais do tipo: cometer erros por falta de atenção e apresentar muitos “brancos” durante uma conversa; ter dificuldades em se concentrar no que as pessoas dizem mesmo quando estão falando diretamente com você; colocar coisas fora do lugar e ter dificuldades em encontrar as coisas em casa ou no trabalho; se distrair com facilidade com barulhos ou atividades á sua volta.
Podemos observar também muitos sintomas físicos, tais como: ficar se mexendo excessivamente na cadeira ou balançando as mãos ou os pés quando precisa ficar sentado por muito tempo, sentir-se ativo demais como se estivesse “com um motor ligado”, falar demais em situações sociais, interromper os outros quando estão ocupados e ter que esperar em situações em que cada um tem sua vez.
É muito frequente adultos com TDAH terem uma baixa tolerância a frustrações (que pode ocasionar uma série de problemas em seus relacionamentos), bem como, uma tendência á se envolverem em situações de risco. Observa-se também que o uso de substância é um dos principais diagnósticos associados ao transtorno. Entre as substâncias mais utilizadas estão o álcool, a nicotina, a cocaína e a maconha (cannabis).
Para concluir, os prejuízos que o TDAH não tratado pode causar nas mais variadas esferas da vida são sérios. Seu diagnostico deve ser feito por um profissional habilitado e seu tratamento é uma combinação de medicamentos e psicoterapia. Cuide-se.