Procedimento tem ampla recomendação, mas deve ser feito por profissional qualificado
Tornar os procedimentos médicos o menos invasivo possível requer precisão. Por isso, a intervenção guiada por ultrassom contribui para que o paciente seja tratado com os melhores resultados em sua recuperação. Segundo o ortopedista Alexandre Ribeiro, o método guiado é um conceito de localização anatômica em tempo real, ideal para procedimentos que demandam precisão para identificar elementos em estruturas maiores, cuja localização exata influencia no resultado terapêutico.
O médico explica que a técnica é utilizada para diversos fins, de patologias das articulações, desde artrites, derrames articulares, artroses, até a punção da articulação. “Como quando alguém que inflama o joelho, fica com ele inchado e com muito líquido. Faz parte do tratamento puncionar o joelho e retirar aquele líquido que está em excesso, chamado de derrame articular. E quando vai se realizar a punção para colocar líquidos na articulação como anestésico e corticoide, para tratar a dor de uma artrite ou de uma artrose, o procedimento guiado por ultrassom é especialmente importante, pois garante que o medicamento seja aplicado no local desejado. Igualmente quando vai realizar o preenchimento de uma articulação com a hialurônico, que é uma técnica para diminuir o atrito na articulação, também é fundamental o ultrassom, para garantir que o ácido seja aplicado exatamente dentro da articulação”, explica o médico.
Alexandre também explica que este tipo de intervenção guiada pode ser utilizado para procedimentos de combate a dor. “Quando realizamos as técnicas de bloqueio de nervos, ou simplesmente para anestesiar alguma região do corpo é de extrema importância que agulha que vai levar o anestésico chegue próximo ao nervo, mas não perfure o nervo. Caso a agulha fique muito longe do local, a chance da técnica não funcionar é muito significativa. E se a agulha ficar muito próxima sempre há o risco da agulha tocar, perfurar ou até mesmo de injetar o anestésico dentro do nervo, situações que podem causar danos até irreversíveis. Por isso, a intervenção guiada é extremamente importante tanto para segurança, como de eficácia terapêutica”, comenta.
O ideal é que o procedimento seja realizado por um profissional médico, com conhecimento em anatomia e fisiopatologia da dor. Hoje, os principais profissionais que realizam os procedimentos são anestesistas, ortopedistas e neurocirurgiões. “O treinamento requerer muita dedicação e estudo, pois exige uma alta curva de aprendizado. Então, antes de escolher o profissional certifique-se que ele realmente apresente a capacitação correta para realizá-los. Pois, colocar uma agulha em uma pessoa para terapia de dor não é tão simples assim, principalmente, quando é realizado às cegas”, alerta.
O método guiado por ultrassom é indicado a pacientes que não apresentam indicações de cirurgia ou não podem realizar cirurgia naquele momento, e também em patologias que são refratárias aos tratamentos convencionais. “É muito importante orientar o paciente que a intenção nem sempre é curar, e sim, ajudar a melhorar a qualidade de vida. A intervenção em dor não substitui a medicina tradicional e sim devem andar paralelas, pois realizar as terapias de reabilitação e a mudança do estilo de vida é o mais importante para o sucesso do tratamento”, garante Alexandre.
A resposta de melhora nos tratamentos é de até 99%, diz o médico.
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