A demanda por atendimento por sintomas respiratórios em unidades de saúde aumentou consideravelmente nos últimos dias, além dos adultos, as crianças principalmente as menores de dois anos, tornaram-se um público frequente nesses locais. Temos visto uma explosão de crianças internadas.
Os motivos de busca que têm pressionado o atendimento são a bronquiolite e as síndromes gripais, dentre essas últimas a Covid- 19 que apresentou um aumento significativo nas últimas semanas, além dos demais vírus respiratórios.
Com a queda das temperaturas, as pessoas tendem a permanecer mais aglomeradas em locais fechados e de pequena circulação do ar, facilitando a disseminação viral. Um outro motivo, foi a retirada das máscaras e a liberação de reuniões, festas e confraternizações com grande número de pessoas.
Percebe-se um aumento gradativo do número de casos de SARS COV 2, mas também de outros vírus como influenza, adenovírus, VSR (sincicial respiratório), rinovírus, metapneumovírus e outros mais.
A questão do uso de máscara deve ser estimulada para todas as pessoas que apresentem sintomas respiratórios, mesmo possuindo um teste negativo para Covid-19. Entenda a máscara como uma barreira para cessar a contaminação, além disso, não é somente a Covid-19 que causa hospitalização, descompensação de doenças cardíacas e respiratórias, e também óbitos.
Os demais vírus possuem capacidade de também levar mais pessoas a buscarem o sistema de saúde, causar internações e a morte.
A transmissão dos vírus respiratórios acontece por meio do contato com gotículas de ar e secreções de pessoas infectadas pelo vírus por meio de tosse, espirro ou fala. O vírus penetra no corpo humano através das membranas dos olhos, do nariz e da boca, atingindo a mucosa respiratória. Há também a transmissão pelo contato com superfícies ou objetos que estejam contaminados nos quais o vírus pode sobreviver por várias horas.
Nos grupos de maiores riscos estão: crianças menores de dois anos principalmente as prematuras, idosos acima de 60 anos, pessoas com doenças cardíacas e pulmonares, transplantados e imunossuprimidos.
A prevenção ocorre se manter cuidados básicos de higiene, aleitamento materno, evitar ambientes pouco ventilados e com aglomerações, evitar contato das crianças com adultos com sinais de doença, higienizar as mãos várias vezes durante o dia, limpar superfícies e objetos que tenham sido expostos ao vírus e não permitir exposição das crianças menores ao tabaco quando convivem com adultos fumantes.
Dra. Geovana Momo Nogueira de Lima
Infectologista