O dia primeiro de dezembro é conhecido pelo dia internacional da luta contra a AIDS.
Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 920 mil brasileiros vivem com HIV.
Deste total, 89% foram diagnosticados, 77% fazem tratamento com antirretroviral e 94% das pessoas que fazem o tratamento já não transmitem o HIV, por terem atingido a carga viral indetectável no sangue, assim não transmitem o vírus na relação sexual sem preservativo.
As pessoas portadoras do vírus que tomam as medicações da forma correta vivem sua vida normalmente e como se não possuíssem a doença. Atualmente as medicações são eficazes e praticamente sem efeitos colaterais.
Alguns esquemas consistem em apenas 1 ou 2 comprimidos ao dia. O que ajuda a adesão e também o controle epidemiológico.
O acompanhamento com o médico infectologista acontece duas a três vezes ao ano igual as pessoas que possuem outras doenças cronicas.
Mas, por outro lado, ainda temos óbitos que ocorrem pela AIDS, em 2019 o Brasil ainda apresentava uma taxa de 4,1 mortes por 100 mil habitantes em decorrência da doença. E isso acontece devido o diagnóstico tardio e a não adesão ao tratamento correto.
No Brasil existe locais especializados no acompanhamento e tratamento o que facilita a realização dos exames e a dispensação dos medicamentos.
Já podemos comemorar várias vitórias, mas ainda temos muito por conquistar, e a primeira medida é vencer o preconceito que ainda existe em torno do HIV/AIDS.
E você já fez o teste para HIV alguma vez? Chegou o momento, quando for em seu médico peça que inclua nos exames a testagem para HIV. O diagnóstico precoce e o acompanhamento adequado salvam vidas.
Dra Geovana, médica infectologista do centro de referência em moléstias infecciosas de Bauru