A Dengue, Zika, Chikungunya e Febre Amarela pertencem à classe de doenças denominadas arboviroses. De tempos em tempos estas doenças assolam alguns territórios causando morbidade e mortalidade por onde passam. Em nossa região, a Dengue possui uma característica endêmica e, em alguns momentos, ocorrem picos epidêmicos, e várias pessoas acabam se contaminando e a outras, e até perdem a vida.
A grande notícia é um método que vem sendo realizado no combate as arboviroses. Batizado de método WOLBACHIA, consiste na liberação de Aedes aegypti com uma bactéria que é trivial na natureza, presente em cerca de 60% dos insetos do planeta, inclusive no pernilongo comum, mas que nunca havia sido encontrada no Aedes.
Após décadas de pesquisa chegou à conclusão de que essa bactéria inofensiva para os seres humanos, bloqueia a replicação do vírus de Dengue, Zika, Chikungunya e febre amarela nos insetos. A liberação de Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia nos territórios para que esses mosquitos se reproduzam com os mosquitos locais e ajudem a estabelecer uma nova população de insetos, todos portando a bactéria e não mais transmitindo a doença.
Com esse método há uma redução de 77%de casos de Dengue e até 86% nas hospitalizações. Com resultados tão expressivos, mais recentemente em março de 2023 foi anunciada a construção de uma nova biofábrica com capacidade para produzir 5 bilhões de Aedes com a bactéria wolbachia ao ano.
São boas notícias, principalmente quando os casos de dengue crescem assustadoramente no país. Entre janeiro e abril, foram mais de 899 mil casos prováveis da doença, um aumento de 30% em relação ao mesmo período de 2022. Aguardamos ansiosos para que esse método chegue em nossa região.