A pornografia sempre esteve presente na história da humanidade. Cenas eróticas já enfeitavam vasos e casas dos gregos há cerca de 2500 anos e, no decorrer da história, ela foi evoluindo e se adaptando às novas tecnologias. No entanto, desde o surgimento da internet, o uso da pornografia explodiu. Alguns números são impressionantes: MIndGeek, o lider mundial de pornografia na internet, tem 100 milhões de visualizações por dia e 80 bilhões de vídeos exibidos por ano; cerca de 30% das palavras digitadas na internet estão relacionadas à pornografia; 30% do tráfego a internet é dedicado à pornografia. Dessa forma, a combinação de três fatores (disponibilidade, acessibilidade e anonimato), tem contribuído para que o vício em pornografia esteja se transformando em um importante problema de saúde mental.
Um vício é basicamente uma perda de controle, um comportamento repetitivo, também chamado de “compulsão”. O vício em pornografia pode ser identificado nas pessoas que perderam o controle em relação ao consumo de pornografia. Caso isso ocorra, pelo menos nos últimos seis meses, e esteja começando a ocasionar prejuízos em sua vida, podemos estar diante do início de uma doença: a compulsão por pornografia.
Pessoas viciadas em pornografia além de terem um consumo intenso (diariamente ou várias vezes ao dia), tem muita dificuldade de se controlar e acabam tendo uma série de comprometimentos. Dentre eles podemos destacar: problemas financeiros decorrentes de gastos excessivos com conteúdos pornográficos; problemas de saúde por passar longas horas (inclusive da madrugada) consumindo conteúdos; problemas familiares e de relacionamento (muitas vezes quem consome pornografia coloca a companheira ou companheiro em segundo plano, estando a pornografia sempre em primeiro plano), problemas profissionais, etc.
Como em qualquer outro tipo de vício, quanto maior o consumo da “droga” é repetido, mais estimulo a pessoa precisa para que o prazer se mantenha, e isso além de aumentar a busca, aumentará a frequência do consumo. Ou seja, um ciclo danoso para a saúde física e emocional.
Vários são os comprometimentos do vício e, dentre eles, podemos citar: afastamento e perda do interesse no parceiro sexual, dificuldade de concentração, nos homens dificuldade de ereção com pessoas reais, ou então, ejaculação precoce ou retardada, depressão e ansiedade, etc.
É importante ressaltar que o vício em pornografia não afeta somente os homens. De acordo com o relatório anual do Pornhub, um dos sites pornográficos mais acessados no mundo, 64% dos visitantes são homens e 36% mulheres.
Da mesma forma como em outros vícios, o reconhecimento da existência do problema é sempre o primeiro passo para o tratamento e a superação do problema. Algumas mudanças simples podem ajudar a retomar o controle sobre sua vida e se livrar da dependência, dentre elas podemos citar: a mudança do estilo de vida com o início de práticas esportivas (principalmente nos momentos ociosos), instalação de bloqueadores de conteúdo pornográfico em celulares e computadores, estabelecer um propósito claro de ficar um período sem acessar qualquer conteúdo por algumas semanas e principalmente, não ter medo ou vergonha de assumir seu problema para seu parceiro ou familiar.
Quem se reconhece viciado em pornografia, muitas vezes, se sente envergonhado e culpado por não conseguir controlar seu comportamento.
O auxílio de uma ajuda especializada é de fundamental importância na superação do problema.
Pense nisso!
VICIO EM PORNOGRAFIA: SINAL DE ALERTA PARA A SAÚDE MENTAL
