WhatsApp causa polêmica com mudança em privacidade

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Mensageiro informou que passará a compartilhar dados de usuários com empresas

Da Redação

Aplicativo de mensagens mais utilizado no Brasil, o WhatsApp anunciou neste mês uma atualização de sua política de privacidade, informando que passará a compartilhar informações dos usuários com parceiros do Facebook. A mudança começaria em fevereiro, mas foi adiada para maio depois de muitos questionamentos.

Com a polêmica alteração, criticada em diversos países, o WhatsApp passará a compartilhar com os parceiros do Facebook informações como o endereço IP do usuário, dados pessoais como o número de telefone, atividades realizadas no aplicativo e forma de interação com outras contas e empresas.



O texto da nova política de privacidade diz que as mudanças visam melhorar o sistema de entregas e segurança, fazer sugestões de amigos, grupos e novas conexões em geral, personalizar conteúdos, mostrar anúncios mais “relevantes” e ajudar o usuário a concluir compras e transações.

O compartilhamento de dados entre WhatsApp e Facebook não é novidade, é feito desde a última atualização, em julho do ano passado. No entanto, até então, o usuário tinha opção de recusar ter suas informações expostas, o que não será mais possível, pelo menos para quem não abre mão do aplicativo.

Quem quiser continuar utilizando os serviços do mensageiro deve aceitar os termos até o dia 15 de maio. Para os que não concordarem com a nova política de privacidade, a plataforma dará apenas a opção de apagar a conta. O posicionamento da empresa é questionado na Justiça em países como Índia, Turquia e África do Sul.

No Brasil, o Procon-SP notificou a empresa exigindo que ela informe detalhadamente se as novas regras se enquadram na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e no Código de Defesa do Consumidor. Para a entidade, os usuários devem poder optar ou não por compartilhar tais informações.

Diante da polêmica, o mensageiro tem perdido espaço, enquanto concorrentes como Signal e Telegram ganham popularidade entre os usuários. Na Índia, país com o maior número de usuários, cerca de 400 milhões, a estimativa é de queda de 30% segundo uma agência de notícias internacional.