FALA DOUTOR: Vamos falar em doenças cardiovasculares, que matam mais mulheres que o câncer

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Dr. Heitor, cirurgião vascular, ressalta importância de se preocupar com essas doenças

 

As campanhas de conscientização sobre a importância da prevenção do câncer de colo do útero e de mama foram eficientes ao longo do tempo, o que é bom. Mas, a massiva publicidade sobre o tema pode ter contribuído para que as mulheres não se preocupem como deveriam com outros problemas graves, como as doenças cardiovasculares que causam mais mortes no Brasil e no mundo mundo do que as doenças oncológicas.

Na análise do médico cirurgião vascular, Heitor Vieira Nogueira, tão importante quanto os exames preventivos contra os cânceres, são os que podem ajudar a evitar um Acidente Vascular Cerebral, por exemplo.  “Não se pode esquecer do que mais mata mulheres que são as doenças cardiovasculares. É importante que a paciente tenha acompanhamento cardiológico e que em algum momento consulte com um cirurgião vascular para manter sua qualidade de vida e atuar dentro do que há de mais moderno em saúde, que é a medicina preventiva”, orienta.

O médico cita estatísticas da Organização Mundial de Saúde (OMS), que mostram que o número de doenças cardiovasculares em mulheres já ultrapassa o câncer de mama e de útero. “No Brasil, as doenças cardiovasculares são a principal causa de mortes entre homens e mulheres. Então, muitas  vezes, a gente deixa de falar do coração, e também de doenças vasculares periféricas, que são muito importantes”, alerta.

Antigamente tidas como doenças de homens, os problemas cardiovasculares hoje se igualam entre os dois sexos. E na mulher, estão ligados a jornadas de trabalho extensas, com duplas ou triplas jornadas domésticas, cuidar dos filhos, tudo agravado pelo tabagismo e ingestão de bebidas alcoólicas.

Com agravante que doenças como o AVC são incapacitantes, têm efeito social e deixam graves sequelas. “Gera o afastamento do trabalho, muitas vezes, o paciente fica acamado, incapacitado, senão com grandes dificuldades de mobilidade. Este paciente tem que se afastar do trabalho e acaba sendo afastando do próprio convívio social e familiar por causa das sequelas”, lamenta Heitor.

Um dado importante apontado pelo médico é que uma em cada cinco mulheres, se viverem até os 85 anos, podem apresentar o Acidente Vascular Encefálico (AVE), uma obstrução parcial do vaso que vai do coração até a cabeça. “Este ‘entupimento’ causa a obstrução do fluxo sanguíneo e consequentes sequelas neurológicas. Muitas vezes, com acompanhamento especializado, pautado em exames de imagens como a ultrassonografia a paciente pode prever e iniciar o tratamento, que na maioria das vezes, não é cirúrgico e sim medicamentoso”, ressalta.

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