ESCARLATINA

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Nestes últimos dias a escarlatina virou pauta de muitas reportagens devido possível surto ocorrido no estado de Minas Gerais. É uma doença infecciosa causada por uma bactéria conhecida como Streptococcus pyogenes, também chamada de Estreptococo beta hemolítico do grupo A.

A escarlatina (manchas avermelhadas na pele) é um quadro que surge devido a uma reação tardia do organismo a toxinas produzidas por esta bactéria geralmente 2 a 7 dias após o início de um episódio de faringite ou amigdalite bacteriana. Pode surgir após um episódio de impetigo ou erisipela, mas essa forma é menos comum. Ocorre em cerca de 10% das faringites por Streptococcus pyogenes porque nem todas as pessoas apresentam sensibilidade às toxinas produzidas pela bactéria. É perfeitamente possível haver em uma mesma casa um irmão que desenvolva escarlatina e outro que tenha apenas um quadro simples de amigdalite. Tudo depende da forma com a qual o sistema imunológico de cada indivíduo reage à presença das toxinas produzidas pelo Estreptococo.

Acontece mais em crianças com idades entre 5 e 15 anos. Entre os adolescentes, mais de 80% já tiveram contato com a bactéria e possuem anticorpos contra as toxinas, motivo pelo qual a escarlatina é pouco comum nos adultos e não costuma surgir mais de uma vez na vida.

A transmissão acontece de uma pessoa para outra através do contato com secreções das vias respiratórias. Entre as formas possíveis de transmissão da bactéria estão a tosse, o espirro e o contato com saliva, que pode ser através do beijo, de gotículas durante a falam ou pelo compartilhamento de copos ou talheres.

Os sintomas costumam ser abrupto, com inflamação na garganta, dores pelo corpo e febre acima de 38,5ºC. Aumento dos gânglios do pescoço, dor de cabeça, dor abdominal, náuseas e vômitos também podem estar presentes. 12 a 24 horas após o início do quadro, surge o sinal característico da doença, que é as manchas avermelhadas pelo corpo. O diagnóstico, na maioria dos casos, é feito pela história e exame clínico do paciente. E o tratamento com antibióticos específicos. E o grande diferencial em doenças infecciosas é o tempo em pensar na possível causa e iniciar tratamento precoce!